A poltrona Kilin, criação do renomado arquiteto e designer brasileiro Sergio Rodrigues no ano de 1973, é uma de suas peças mais renomadas e favorita por pessoas de todo o mundo.  Foi batizada em homenagem à sua eterna namorada e esposa Vera Beatriz, a qual Sergio chamava carinhosamente de “esquilinha”, por sua baixa estatura e cílios avantajados que se assemelham a de um esquilo.  Além disso, buscava atender à vontade em conceber uma poltrona a partir da simplicidade, que fosse econômica, simples porem arrojada e que seus amigos pudessem comprar.

Com design leve e delicado, a Kilin apresenta uma estrutura sutil composta por duas laterais com desenhos graciosos e duas travessas idênticas bem modeladas, cujas espigas (sistema de encaixe) atravessam as hastes laterais, permitindo o travamento através de encaixes de madeira (cunhas) com forma nobre e bem modelada. O assento e encosto projetados em uma peça inteira de couro tipo soleta, se coloca de modo a flutuar no ar. Esta peça, apresenta cortes precisos em forma de alça, que atravessam os rasgos alongados da estrutura de madeira, conectando-se à estrutura principal e fixadas por finas hastes torneadas, garantindo a resistência e o conforto da peça, bem como fazer com que o usuário ao sentar, sentisse seu corpo moldado e abraçado pela poltrona.

A peça, exclusiva e com numeração única, ainda conta com uma particularidade peculiar, é inteiramente desmontável, não apresentando nenhum parafuso, apenas peças de encaixe. Por ter essa mobilidade, a Kilin cabe numa caixa estreita e pode ser montada pelo próprio cliente com facilidade, sem o uso de qualquer tipo de ferramenta. Visto essa facilidade, foi muito exportada para os países nórdicos nos anos 70.

Portanto, seu desenho com bordas arredondadas e curvas sutis, a fina espessura das cunhas e as delicadas cordinhas de couro que se ligam à estrutura, fazem da peça um importante item da marca registrada do designer. Esta, reconhecida em diversas revistas como a Casa Vogue, presente em diversas Casa Cor e também premiada pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB).